A Mercedes apresentou na última quarta-feira o W14, o carro que irá competir na temporada de 2023, e que continuará a ser guiado pelos pilotos George Russell e o heptacampeão Lewis Hamilton. Este será o 11º ano de Hamilton com a equipe, e ele está prestes a renovar seu contrato. A grande surpresa foi a mudança na cor do carro: o tradicional prata, que havia sido reintroduzido em 2022, foi deixado de lado e substituído pelo preto que foi utilizado para identificar a marca durante as temporadas de 2020 e 2021, como parte de sua campanha antirracista. Essa escolha pode ser vista como um compromisso contínuo da equipe com a luta contra o racismo e a promoção da diversidade e inclusão no automobilismo.
Toto Wolff continua liderando a equipe Mercedes na próxima temporada, que buscará retomar seu lugar no topo da categoria após cair para o terceiro lugar e ter apenas uma vitória em 2022, conquistada por George Russell no GP de São Paulo. A equipe continua sob o comando de Mike Elliot, que lidera o corpo técnico da montadora. Além disso, a equipe contará com o alemão Mick Schumacher como piloto reserva na temporada de 2023. A chegada de Schumacher pode ser vista como uma aposta para o futuro, já que o piloto tem mostrado habilidade e potencial na categoria. Com um time forte e uma nova formação de pilotos, a equipe Mercedes está pronta para lutar pelo topo novamente na próxima temporada da Fórmula 1.
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A Mercedes sempre teve o prata como sua cor oficial no esporte desde que estreou na F1 em 1950. Mesmo retirando-se em 1955 e retornando em 1994 como fornecedora de motores, identificou o metalizado em parceiras como a McLaren até voltar à categoria como equipe, em 2010.
Em 2020, a Mercedes surpreendeu ao abandonar sua cor tradicional prata e adotar o preto em seu carro de Fórmula 1, como uma manifestação antirracista em meio aos protestos globais contra o racismo. A equipe seguiu com a pintura preta em 2021, mas retornou ao seu icônico prata no ano passado. No entanto, a equipe decidiu voltar à cor preta para a temporada de 2023, com a apresentação do novo W14.
De acordo com Toto Wolff, chefe da equipe Mercedes, a ideia por trás da escolha da cor preta em 2020 foi inspirada na história das Flechas de Prata, que eram originalmente brancas, mas tiveram a pintura retirada para deixar o carro mais leve. Para manter essa tradição, a equipe tentou deixar o carro mais leve com mais carbono exposto, o que combinou com a pintura preta adotada nos últimos dois anos.
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Remover a pintura do carro para reduzir seu peso total visando obter mais velocidade tem sido uma manobra adotada por equipes desde o ano passado. Nos lançamentos de 2023, McLaren, por exemplo, aproveitou o carbono exposto para combiná-lo com o laranja papaya. Hamilton, que motivou o envolvimento anterior da Mercedes com a promoção de diversidade, deu seu veredito sobre a cor:
– Emocionado. Ele (o carro) fica ótimo de preto.
Além da estética, há algumas mudanças notáveis em relação ao modelo de 2022 da Mercedes: a asa dianteira está um pouco mais baixa e o bico ficou mais curto. O time também manteve o “zeropod”, uma redução das saídas de ar laterais, mas com um design diferente.
Apesar do ano atípico em 2022, a Mercedes se tornou ao longo da era dos motores híbridos (iniciada em 2014) a quarta maior campeã da história da F1, com oito títulos mundiais; empatando com a McLaren, e atrás de Williams (9) e Ferrari (16).
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