O novo regulamento dos motores da Fórmula 1 só será implementado a partir de 2026, mas as equipes já estão se movimentando para garantir uma preparação tranquila e, é claro, buscam a oportunidade de estar à frente das demais. A Audi, que está se preparando para estrear no mesmo ano das novas regras, não é exceção. No entanto, o processo da equipe alemã está enfrentando alguns atrasos no momento e já está cerca de seis a oito meses atrás da concorrência.
De acordo com o portal italiano Formu1a.uno, o projeto dos novos motores da Audi foi iniciado recentemente, enquanto Mercedes e Red Bull, por exemplo, estão realizando testes desde o final do ano passado. Além disso, a equipe espera operar seu primeiro motor híbrido, que servirá de base para o futuro conceito, apenas no final deste ano. Em comparação, a Ferrari já iniciou esse processo nas últimas semanas.
Portanto, estima-se que o atraso da Audi seja de cerca de seis meses em relação aos principais concorrentes, mas essa situação não preocupa Oliver Hoffman, membro do conselho de desenvolvimento técnico da marca alemã.
“Estamos no processo de produção da nova unidade de potência e estamos prestando muita atenção aos detalhes. Por exemplo, nos materiais utilizados ou nas tecnologias de produção”, enfatizou. “Também queremos focar em outros fatores, como o gerenciamento de energia de uma unidade híbrida. Afinal, a eficiência é um fator-chave para o sucesso na Fórmula 1 e para a mobilidade do futuro. Essas abordagens irão impulsionar ambos os mundos”, completou.
Um dos principais trunfos da Audi para recuperar o tempo perdido em relação à concorrência é o fato de ser considerada uma nova fornecedora, o que permitirá à equipe gastar US$ 10 milhões (cerca de R$ 48,5 milhões na cotação atual) a mais do que suas rivais em 2023 e 2024. Em 2025, último ano antes da entrada, esse valor cairá para US$ 5 milhões (aproximadamente R$ 24,2 milhões).
Enquanto isso, a equipe já está definindo sua estrutura para o ano de estreia. Após a chegada de Andreas Seidl como CEO, a saída de Jan Monchaux abriu caminho para a contratação de James Key, que assumirá como diretor técnico a partir de 1º de setembro, após passagem pela McLaren.