Com 31 anos, Daniel Ricciardo tem uma vasta experiência na Fórmula 1. São 217 GPs, oito vitórias, três poles-position e 32 pódios. Mas é bem verdade que nos últimos dois anos o australiano teve muitas dificuldades, ainda que tenha vencido em Monza em 2021. Vivendo uma incerteza sobre seu futuro na McLaren, o #3 usa todas as suas temporadas na categoria para entender o esporte como um todo. E uma das maiores qualidades que vê nisso é quão maduro se tornou.
“A cada ano, obviamente, eu acreditava que era bom o suficiente para fazer isso [ganhar um título] e obviamente não o fiz”, disse Ricciardo, em entrevista ao site Crash.net. “Sei que há tantas variáveis neste esporte e tantas coisas precisam andar juntas. Não é tênis, não é como se eu estiver batendo melhor na bola naquele dia eu vou ganhar a partida. Não é tão preto e branco”, explicou.

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“Provavelmente, adquiri apenas um pouco de maturidade para entender que o esporte é muito mais complexo do que apenas você ser o melhor piloto naquele determinado dia. Então é saber que há mais coisas e eu não sou o controlador deste jogo”, acrescentou.
Sem dúvidas, os dois melhores anos de Daniel foram 2014 e 2016, quando terminou em terceiro lugar ao final do campeonato em ambas as vezes. Embora tenha crescido muito na Red Bull com os resultados obtidos, o piloto nunca conseguiu se tornar, de fato, campeão. E, para ele, isso é só mais um demonstrativo de como as coisas não são tão simples.
“Não tenho uma mentalidade derrotada. Em 2014 e 2016, senti que tinha material para ser campeão do mundo, mas fiquei em terceiro no campeonato. E não há garantia de que me tornarei. Detestaria olhar para trás, após uma carreira de 15 anos, por exemplo, com remorso, raiva ou desgosto. Eu odiaria olhar para trás e dizer ‘Não fui campeão, então isso é péssimo’”, declarou.
“[Minha trajetória na F1] tem sido divertida, eu vi o mundo. Portanto, há outras pequenas coisas a serem tiradas disso. Mas seria melhor se eu fosse campeão? Absolutamente”, encerrou.