Este mês de julho marca três décadas desde a implantação do Plano Real em 1994, um marco na estabilização da economia brasileira. Na época, o litro da gasolina custava em torno de R$ 0,55, valor que, ajustado pela inflação acumulada de 708% desde então, equivaleria a R$ 4,44 em 2024, de acordo com cálculos baseados no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

A comparação revela que, mesmo considerando os desafios econômicos ao longo das décadas, o preço ajustado é significativamente inferior à média atual de R$ 5,86 por litro no Brasil, conforme dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Esta média, referente à última semana de junho, mostra um aumento de 32% em relação ao valor corrigido do período inicial do Plano Real.

O aumento recente nos preços da gasolina reflete uma tendência observada ao longo do primeiro semestre de 2024, com estados como Acre registrando valores médios superiores a R$ 7,00 por litro. Este aumento é atribuído, em parte, à elevação dos impostos sobre o combustível, como o ICMS, que subiu para R$ 1,37 por litro no início deste ano.

Apesar das variações regionais e dos desafios econômicos enfrentados desde a implementação do Plano Real, o impacto do ajuste inflacionário nos preços da gasolina ressalta a complexidade e os custos associados à manutenção do abastecimento no país ao longo das décadas.

Tabela: Preço médio da gasolina por estado

Composição do preço da gasolina

Estas tabelas destacam a variação dos preços da gasolina por estado no Brasil e a composição percentual dos componentes que influenciam seu preço final, evidenciando os impactos dos impostos e outros custos ao longo do tempo desde o Plano Real.