A primeira aparição dos carros modificados da Fórmula 1 foi o mote do primeiro treino livre, mas não havia como deixar de ser também no segundo treino desta sexta-feira (20). As equipes admitem que vivem um dia de aprendizado dos novos carros muito mais do que tentam tirar conclusões finais sobre a força do pacote no fim de semana. Em mais uma atividade de muita movimentação da pista e sem nenhuma grande interrupção, Charles Leclerc foi o mais rápido e fechou o dia em vantagem.
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Max Verstappen vinha na frente nos primeiros minutos, enquanto os pneus médios eram a norma das melhores voltas. Depois que os macios começaram a aparecer, assim como no TL1, Leclerc pulou para frente e se manteve. A diferença é que Carlos Sainz veio somente em quarto desta feita, porque as duas Mercedes resolveram empolgar e, com velocidade de reta, ficaram nas posições dois e três: George Russell e Lewis Hamilton, nessa ordem, terminaram na frente de Sainz e das duas Red Bull.
Atrás de Leclerc, Russell, Hamilton e Sainz, Max Verstappen foi o quinto colocado e Fernando Alonso, em sexto, manteve o mesmo top-6 – embora em diferente ordem – do TL1. Sergio Pérez, Sebastian Vettel, Esteban Ocon e Mick Schumacher finalizaram o top-10.
Apesar de nenhum grande incidente e da ausência de batidas ou bandeiras vermelhas, o TL2 teve, sim, uma pequena interrupção causada por Valtteri Bottas. O piloto finlandês teve de parar o carro da Alfa Romeo ao lado no muro da curva um após sentir que algo quebrou. De acordo com a equipe, um problema técnico no bólido. Apesar de ficar a maior parte da sessão fora, ainda voltou para a pista nos 15 minutos finais. A situação causou bandeira amarela e um rápido safety-car virtual.
Além de Bottas, Lando Norris foi o outro que sofreu um pouco. Com testes da McLaren que o fizeram sair à pista com parafina no carro, o inglês passou bem aberto numa curva e danificou o assoalho do carro na zebra. Quando a equipe parou para ver, com pouco mais de 20 minutos para o fim, concluiu rapidamente que ele não voltaria em tempo.
O GRANDE PRÊMIO cobre in loco as ações da categoria no Circuito de Barcelona-Catalunha com Eric Calduch e, além disso, acompanha tudo AO VIVO e em TEMPO REAL. No sábado, o terceiro treino livre está marcado para as 8h [de Brasília, GMT-3]. Mais tarde, a classificação começa às 11h.
Confira como foi o TL2:
O relógio apontava 17h do horário de Barcelona, 12h de Brasília, e o termômetro seguia próximo aos 30°C no ar em Barcelona. Na pista, esse número ainda se mantinha na casa de 40°C. Assim como mais cedo, o segundo treino livre serviria muito para as equipes entenderem o que têm nas mãos com as atualizações trazidas em peso para Barcelona.
Quem abriu o caminho foi Alexander Albon, que não esteve no TL1. O tailandês foi um dos três pilotos – Guanyu Zhou e Sergio Pérez os outros dois – que deram lugar a reservas das equipes. A McLaren aparecia com o carro de Lando Norris pintado de parafina, tradicionalmente usada para testes aerodinâmicos. Em menos de cinco minutos, somente três pilotos ainda não haviam visitado a movimentada pista.
Diferente de mais cedo, quando a esmagadora maioria dos pilotos começou a participação com os pneus duros, desta vez a escolha foi pelos médios. Com estes, Max Verstappen já passou em 1min20s932 para pontear. Importante lembrar que a Pirelli selecionou a gama mais dura de pneus – C1, C2 e C3 – para a corrida na Catalunha.
Os testes na McLaren de Norris eram evidentes. Não somente pela parafina, mas por como desafiava o limite da pista. Na curva sete, passou aberto e teve de atravessar a brita; mais tarde, faria algo bastante parecido em outra curva. E, em seguida, uma quase trombada com Mick Schumacher.
Demorou somente dez minutos para que todos os 20 pilotos tivessem registrado volta rápida, mas Valtteri Bottas, um dos últimos a tomar a pista, tinha problemas. No rádio da Alfa Romeo, avisou que “alguma coisa quebrou” e encostou o carro ao lado do muro da curva um para deleite do público, que desceu a colina localizada ali como arquibancada para ver de perto. Em seguida, a Alfa Romeo caracterizou como um “problema técnico”. Apenas a bandeira amarela e o VSC foram acionados, sem necessidade de interrupção mais drástica.
Logo que as coisas foram normalizadas, os comissários afirmaram que iriam avaliar um quase encontrão entre Carlos Sainz e Albon, quando o piloto da Ferrari encontrou a Williams mais lenta pela frente.
Se no TL1 demorou mais de 30 minutos até que os pneus macios começassem a aparecer pela pista, desta vez a Aston Martin abriu a caixa de ferramentas com os macios aos 23 minutos. Sebastian Vettel pulou para as primeiras posições, mas logo a Red Bull fez a mesma coisa. A partir daí, o movimento se popularizou.
Primeiro Sainz e depois Charles Leclerc, com 1min19s670, tomaram a dianteira para a Ferrari, enquanto Verstappen vinha na terceira colocação após 30 minutos. Fernando Alonso, Pérez, Vettel, George Russell, Esteban Ocon, Pierre Gasly e Kevin Magnussen formavam o top-10.
Mais trabalho para os comissários, que avisaram havia olhado para um lance na curva quatro em que Lance Stroll se sentiu bloqueado por Yuki Tsunoda, mas concluiu que não era necessário ir adiante. Enquanto isso, a Mercedes acordava: Russell pulou para o segundo lugar, enquanto Hamilton colou nele, em terceiro. A Mercedes mostrava que era ao menos promissora com os pneus macios.
Norris dava trabalho para a McLaren, que trocava o assoalho do carro na garagem – logo, a equipe avisou que era o fim do treino para ele. Na Williams, preocupação parecida viria na sequência, porque Albon passou direto e avisou que achava que podia criado algum problema na parte de baixo.
Depois da série de voltas voadoras de pneus macios, o ritmo de atividade na pista se voltou mais para simulações longas quando faltavam 20 minutos para o fim.
O serviço de tecnologia avançada da Fórmula 1 aparecia nos minutos derradeiros do treino para mostrar quem é que tinha melhor desempenho nas retas. E surpresa: Russell e Hamilton eram os dois primeiros em algo que foi calcanhar de Aquiles da Mercedes até agora por conta dos quiques. Leclerc, Vettel e Verstappen vinham logo atrás.
Na pista, em termos de tempo de volta, nada mudaria. Deu tempo de Sainz reclamar do alto desgaste de pneus, Pérez passar rapidamente na brita e de vários pilotos utilizarem os pneus duros e com tanque cheio de combustível. O fim, porém, seria mesmo o de Leclerc na frente e Russell e Hamilton logo em seguida.
F1 2022, GP da Espanha, Barcelona, TL2:
1 | C LECLERC | Ferrari | 1:19.670 | 29 | |
2 | G RUSSELL | Mercedes | 1:19.787 | +0.117 | 27 |
3 | L HAMILTON | Mercedes | 1:19.874 | +0.204 | 26 |
4 | C SAINZ | Ferrari | 1:19.990 | +0.320 | 31 |
5 | M VERSTAPPEN | Red Bull | 1:20.006 | +0.336 | 27 |
6 | F ALONSO | Alpine | 1:20.203 | +0.533 | 26 |
7 | S PÉREZ | Red Bull | 1:20.632 | +0.962 | 30 |
8 | S VETTEL | Aston Martin Mercedes | 1:20.703 | +1.033 | 31 |
9 | E OCON | Alpine | 1:20.745 | +1.075 | 27 |
10 | M SCHUMACHER | Haas Ferrari | 1:20.757 | +1.087 | 25 |
11 | P GASLY | AlphaTauri Honda | 1:20.917 | +1.247 | 28 |
12 | K MAGNUSSEN | Haas Ferrari | 1:21.013 | +1.343 | 24 |
13 | L STROLL | Aston Martin Mercedes | 1:21.249 | +1.579 | 32 |
14 | Y TSUNODA | AlphaTauri Honda | 1:21.285 | +1.615 | 29 |
15 | D RICCIARDO | McLaren Mercedes | 1:21.385 | +1.715 | 22 |
16 | V BOTTAS | Alfa Romeo Ferrari | 1:21.828 | +2.158 | 3 |
17 | G ZHOU | Alfa Romeo Ferrari | 1:21.866 | +2.196 | 30 |
18 | A ALBON | Williams Mercedes | 1:22.319 | +2.649 | 31 |
19 | N LATIFI | Williams Mercedes | 1:23.197 | +3.527 | 25 |
20 | L NORRIS | McLaren Mercedes | 1:23.388 | +3.718 | 6 |