Durante a apresentação do T-Roc 2026 na Europa, a Volkswagen revelou novidades importantes sobre sua estratégia de eletrificação. Entre os destaques estão o motor 1.5 TSI Evo2 e duas soluções híbridas distintas — uma plena (HEV) e outra leve (MHEV) — que também farão parte da gama brasileira a partir de 2027.
A iniciativa representa um passo relevante para a marca alemã, que chega com atraso em relação à Toyota no segmento, mas promete equiparar seus futuros modelos compactos às opções mais eficientes do mercado.
O papel do motor 1.5 TSI Evo2
O novo propulsor 1.5 TSI Evo2 será produzido no Brasil a partir de 2027 e servirá como base para os dois sistemas híbridos da Volks. Ele mantém o conceito de injeção direta e turbocompressor do conhecido 1.4 TSI, mas opera em ciclo Miller, o que aumenta a eficiência.

Outro diferencial é o sistema ACTplus, que desativa dois dos quatro cilindros quando possível, sem que o motorista perceba. Também houve avanços na pressurização e na redução de atrito dos pistões, contribuindo para menor consumo e emissões.
Híbrido pleno (HEV): a grande novidade
O sistema híbrido mais avançado da Volkswagen conta com motor elétrico integrado ao câmbio DSG de sete marchas e bateria instalada no eixo traseiro. A arquitetura elétrica é de alta tensão, o que permite melhor aproveitamento energético.

O 1.5 TSI Evo2 terá calibrações de 130 cv ou 150 cv, mas no Brasil deve chegar apenas a versão mais potente, que junto ao motor elétrico alcança 170 cv e 31,8 kgfm de torque. A autonomia em modo 100% elétrico será curta, como já acontece em modelos da Toyota, mas o objetivo principal é reduzir o consumo, que deve ficar entre 15 e 20 km/l.
Sem possibilidade de recarga externa, a bateria será alimentada tanto pelo motor a combustão quanto pelas frenagens regenerativas.
Híbrido leve (MHEV): solução intermediária
Já o sistema híbrido leve, de 48V, será oferecido inicialmente na Europa como opção de entrada do T-Roc. Ele combina o motor 1.5 turbo a um pequeno motor elétrico de 19 cv que auxilia em retomadas e gera energia para uma bateria auxiliar.
Essa configuração entrega até 150 cv e 25,5 kgfm, mas não tem capacidade de mover o veículo apenas com eletricidade. A presença no Brasil ainda não está confirmada, mas pode ser considerada para versões intermediárias do Nivus e do T-Cross.

Próximos lançamentos no Brasil
A Volkswagen já trabalha na nova geração de Nivus e T-Cross, que serão produzidos em São Bernardo do Campo (SP) a partir de 2027. O investimento de R$ 13 bilhões anunciado pela empresa deve viabilizar a produção local desses conjuntos híbridos.
Com isso, a marca busca entrar de vez na disputa com Toyota e Stellantis no segmento de SUVs compactos eletrificados, oferecendo eficiência superior e tecnologias inéditas em sua linha nacional.