É positivo o saldo da primeira vez de Victor Manzini no Autódromo Velocitta, uma das pistas mais difíceis do calendário, na quarta etapa do Campeonato Sprint, e quinta do Campeonato Overall, da Turismo Nacional (TN), disputada no último fim de semana em Mogi Guaçu (SP). Ele esteve em três dos quatro pódios da categoria B.

“Foi uma etapa produtiva. A gente conseguiu evoluir bastante. Velocitta é uma pista difícil, muito técnica. Fomos progredindo a cada treino, melhorando o carro, melhorando a minha guiada. No domingo, consegui contornar bem o problema de direção que tive na corrida 5. Na corrida 6, a chuva atrapalhou um pouco e, apesar da baixa visibilidade, conseguimos um terceiro lugar na B e um primeiro lugar na Rookie. Foi um bom fim de semana”, diz Victor Manzini, estreante em automobilismo que pela segunda vez correu com o Peugeot 208 #117.

Superações – Do calor e da atmosfera seca e enfumaçada iniciais da etapa ao vendaval que no fim da tarde de sábado danificou vários boxes, inclusive o da Equipe RMCP (Roberto Manzini Centro Pilotagem), à pista úmida e com resquícios de óleo em alguns pontos na corrida matinal de domingo e à chuva e neblina na sexta e última prova, na tarde de ontem, adversidades não faltaram a todos.

Particularmente, o piloto paulistano de 17 anos, o mais jovem da TN, começou a sexta-feira de treinos livres e classificação com problemas com motor, na suspensão dianteira, e trocou três pares de amortecedores dianteiros. No sábado, largou da 18ª posição para a primeira corrida, que terminou em 14º na geral, em quinto lugar na B e em terceiro na Rookie, que reúne estreantes. Também foi o terceiro da Rookie na segunda prova, que acabou em 16º lugar na geral e em quarto na B. Resultados que o levaram ao primeiro pódio da etapa, em terceiro lugar na categoria B.

Surpresas – Mas a tarde reservava acontecimentos inesperados. Quando Victor vinha na 11ª posição da geral na penúltima volta da terceira corrida, a junta homocinética (que liga o semi-eixo ao cubo de roda) do seu carro partiu-se. Em vez de ir parar na pole position da corrida 4 com os dez primeiros lugares do grid invertidos, onde provavelmente estaria com a punição que um piloto à sua frente precisou cumprir e o colocaria em 10º lugar na corrida 3, foi para os boxes trocar a peça.

Entrou na quarta prova atrasado e na primeira volta viu a roda dianteira direita do seu carro se soltar em plena curva 1. Provavelmente os parafusos se desprenderam por causa da vibração enquanto Victor levava o carro aos boxes após a quebra da homocinética. O que, na quinta corrida, na manhã de domingo, ainda resultaria em uma folga na direção do seu carro, ao que tudo indica. Entretanto, largando da 21ª posição, terminou em 14º na geral, quinto na B e quarto na Rookie.

Terceiro pódio – Depois disso tudo, correr na chuva e, no fim da sexta prova, na tarde de domingo, 25, também sob neblina, foi até suave, a despeito das disputas acirradas que o piloto patrocinado pela Roberto Manzini Blindagens protagonizou em boa parte das voltas, e apesar do parabrisa embaçado, como o de todos. Victor acabou em 15º na geral, terceiro lugar na B, e pela terceira vez venceu na categoria Rookie.

“Foi uma etapa difícil, embora muito boa. Ultrapassamos as dificuldades e tivemos bons resultados. O prejuízo foi deixar de pontuar nos campeonatos na corrida 4. Mas estamos na vice-liderança da Rookie no Campeonato Sprint e agora no Overall. Teremos três etapas para buscar superar isso”, conclui Roberto Manzini, chefe da Equipe RMCP.

No Campeonato Sprint, Victor agora está em quinto lugar, com 251 pontos, e no Campeonato Overall, que inclui as duas etapas da Copa Endurance, é o quarto colocado, com 253 pontos. 

A Turismo Nacional voltará à pista no Autódromo do Velopark, em Nova Santa Rita (RS), de 13 a 15 de setembro.

EC PRESS
Estela Craveiro