segunda-feira, fevereiro 24, 2025
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Testes para Gasolina com 30% de Etanol no Brasil Começam; Confira a Previsão de Lançamento

O Brasil iniciou os testes para aumentar a quantidade de etanol na gasolina. O Ministério de Minas e Energia (MME) selecionou o Instituto Mauá de Tecnologia (IMT) para realizar os experimentos que irão avaliar a viabilidade técnica dessa alteração, com a possibilidade de implementação ainda em 2025. O projeto faz parte do programa “Combustível do Futuro”.

De acordo com o IMT, os testes, que ocorrerão entre janeiro e fevereiro, vão abordar diversos fatores, como emissões de poluentes e os impactos técnicos em veículos de diferentes idades e tecnologias. “Nosso objetivo é garantir que a alteração na composição da gasolina não prejudique o desempenho e a dirigibilidade dos veículos”, explicou o IMT.

“Estamos focados em assegurar que a mudança para uma gasolina com maior teor de etanol seja possível e sustentável, cumprindo todos os rigorosos requisitos técnicos e de desempenho do setor automotivo”, afirmou Luana Cristina Xavier Camargos, coordenadora do Núcleo de Certificação e Homologação do IMT.

Aumentando o Teor de Etanol: O Próximo Passo

Os resultados iniciais dos testes serão encaminhados ao MME no primeiro trimestre de 2025, como base para a próxima fase do processo: a análise de impacto regulatório. O aumento do etanol na gasolina faz parte do programa “Combustíveis do Futuro”, instituído por uma lei sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em outubro de 2024.

Atualmente, a gasolina no Brasil contém entre 18% e 27,5% de etanol. Com as mudanças, o percentual passará para 22% a 27%, podendo chegar a 35% nos próximos anos. O aumento no teor de etanol visa a redução de até 705 milhões de toneladas de CO2 até 2037, com planos também de atualização de fórmulas para biodiesel, gás natural e combustível de aviação.

Impacto no Consumo e nos Veículos

De acordo com Rogério Gonçalves, diretor de combustíveis da Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA), essa nova mistura de etanol terá implicações tanto para carros flex quanto para modelos exclusivamente movidos a gasolina. “Para os motores flex, o consumo tende a aumentar, uma vez que o etanol possui um poder calorífico menor”, explicou Gonçalves. O poder calorífico é a quantidade de energia gerada quando o combustível é completamente queimado.

No caso dos veículos movidos exclusivamente a gasolina, Gonçalves alerta que os modelos mais novos já são preparados para suportar maiores quantidades de etanol. Porém, carros mais antigos podem ter dificuldades. “Carros antigos podem não estar preparados para o aumento de etanol, o que pode causar danos a materiais, como borrachas e elastômeros, e até falhas nos sensores que não reconhecem o novo combustível”, completou.

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