A Renault, marca por trás da Alpine, se pronunciou sobre as recentes especulações que apontam para uma iminente saída de Fernando Alonso da equipe francesa ao final da temporada 2022 da Fórmula 1. O CEO da empresa, Luca de Meo, reconheceu que a definição da dupla de pilotos para o próximo ano não será “100% agradável para todos”, mas ressaltou o respeito que tem pelo bicampeão e que ele não pode ser tratado “como mais um funcionário da Alpine”.
Três nomes são ligados à Alpine: a dupla titular, formada por Esteban Ocon e Fernando Alonso, e Oscar Piastri, atualmente piloto de testes e membro da academia de pilotos da base em Enstone. Ocon tem contrato garantido até o final de 2024, o que deixa a disputa pela última vaga entre o experiente bicampeão e a jovem promessa da F2.
“Nós amamos muito Fernando”, disse de Meo. “Vamos ter de encontrar uma solução para todos, porque também temos Esteban e Oscar, que são muito bons. Queremos proteger nossos pilotos e buscar uma solução ideal para todos”, acrescentou.
Em seguida, o diretor-executivo elogiou Alonso pelo “trabalho incrível que está fazendo” e destacou a combinação entre a experiência do espanhol com a juventude de Ocon “e agora Piastri”. “É um desafio encontrar uma posição para os três”, admitiu.
De Meo falou especificamente sobre o fator idade e o quanto isso poderia pesar contra Alonso numa decisão final entre ele e Piastri. Com 20 anos de diferença entre os pilotos, o homem da Renault reconheceu que a substituição será algo natural com o tempo. “Fernando tem 41 anos e Piastri tem 21. O momento da mudança chegará, mas Fernando é uma lenda, e não podemos tratá-lo como se fosse só mais um funcionário da Alpine.”
Em 2021, Alonso não tem tido vida fácil e marcou apenas quatro pontos em seis corridas, contra 30 do companheiro de equipe. Apesar da falta de resultado nas corridas, o espanhol — que está perto de completar 41 anos — tem apresentado um ritmo muito forte, sobretudo nas classificações, e já falou várias vezes que se sente preparado para continuar na F1 por ainda mais tempo.
Quanto à Alpine, a equipe ainda luta para encontrar um acerto que a leve para o topo do grid, mas de Meo acredita que tal salto no desenvolvimento pode estar perto de acontecer. “Ninguém sabe quando você será campeão, tem de ver o progresso. Três anos para montar uma equipe competitiva é normal. Vimos isso com todos, incluindo Red Bull e Mercedes, então demora um pouco”, encerrou.