A Porsche acaba de revelar uma nova versão do lendário 911 Carrera 4S, que estreia uma eletrificação sutil, mas significativa. A tradicional esportividade do modelo agora conta com o reforço de um sistema híbrido leve, marcando uma nova fase para o cupê sem abrir mão da performance. Em contrapartida, os fãs da condução purista devem sentir falta do câmbio manual, que foi descontinuado nesta configuração.

Sob o capô, permanece o consagrado motor 3.0 boxer biturbo de seis cilindros, que agora é complementado por um sistema elétrico de 48V. A tecnologia adiciona um pequeno motor elétrico acoplado à transmissão PDK de oito marchas, contribuindo tanto para a eficiência energética quanto para o desempenho. No total, são 473 cv de potência e 58,5 kgfm de torque, números suficientes para levar o 911 4S de 0 a 100 km/h em apenas 3 segundos, segundo a própria fabricante.
A eliminação do câmbio manual não foi uma simples escolha de mercado: de acordo com a Porsche, o novo conjunto híbrido é incompatível com a antiga transmissão, o que selou o destino da opção mais analógica.

Esteticamente, a nova geração mantém a elegância discreta que é marca registrada do 911. A dianteira traz entradas de ar com novo desenho e ajustes aerodinâmicos sutis. Na traseira, a faixa de luzes foi redesenhada e as lanternas receberam um toque mais moderno. Os para-choques também foram revistos para otimizar o fluxo de ar e ajudar no desempenho.
Por dentro, a maior novidade é o painel de instrumentos 100% digital, agora com tela de 12,6 polegadas, substituindo o tradicional conjunto analógico. A central multimídia PCM foi atualizada e promete respostas mais ágeis, além de maior integração com smartphones e serviços conectados.
Outro detalhe técnico que reforça o caráter esportivo do novo 911 4S é o uso de pneus com larguras diferentes entre os eixos, uma solução típica de carros de alta performance. A tração integral, indicada pelo “4” no nome, continua garantindo aderência mesmo em condições extremas.
O novo Porsche 911 4S mostra que é possível manter o espírito da linhagem mesmo com a chegada da eletrificação — ainda que algumas tradições fiquem pelo caminho.