quarta-feira, novembro 6, 2024
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Pilotos fazem campanha contra o tabagismo

Na ação promovida pela Stock Car para o Dia Nacional de Combate ao Fumo, data lembrada nesta terça-feira (29), os exames médicos viraram uma bem-humorada competição

Nesta terça-feira, 29 de agosto, entidades de todo o Brasil promovem o Dia Nacional de Combate ao Fumo, considerado um dos mais arraigados e prejudiciais vícios que impactam a saúde da população. Em uma ação em apoio à iniciativa, a Stock Car Pro Series promoveu no último final de semana uma bateria de exames com vários pilotos.
Em um intervalo durante as atividades da sétima etapa da principal categoria do país, em Goiânia (GO), o tricampeão Ricardo Maurício (Eurofarma RC), o campeão Gabriel Casagrande (A.Mattheis Vogel) e os vencedores de GPs da Stock Lucas Foresti (A.Mattheis Vogel), Gaetano Di Mauro (Hot Car Competições) e Cesar Ramos (Ipiranga Racing) realizaram exames em um aparelho de espirometria sob supervisão de pneumologistas. O teste de avaliação do sistema respiratório é não-invasivo e indolor. Dura cerca de quinze minutos e indica se existe alguma anormalidade na ventilação pulmonar, triando e quantificando a presença de doenças pulmonares restritivas e obstrutivas.

“O importante é dar o alerta” — Dentro do agudo senso competitivos dos atletas, a parte sisuda dos exames logo virou uma competição: quem atingiria o melhor índice? E o “vencedor” foi Cesar Ramos, que comemorou em tom de brincadeira, mas deixou claro: “Acho que neste tipo de ação todos saem vencedores. O importante é dar o alerta para as pessoas sobre os riscos do tabagismo”. O fim de semana foi realmente de vitórias para o piloto gaúcho, que também cravaria a pole no sábado e obteria a vitória na primeira das duas corridas disputadas no domingo.
Todos os pilotos presentes aprovaram a experiência, totalmente nova para eles. “Nunca tinha feito esse teste do espirômetro. Foi uma ótima oportunidade para me avaliar”, contou Lucas Foresti. Gaetano Di Mauro complementou: “É muito legal porque mostra a nossa capacidade respiratória, um índice importante na nossa profissão. E, como nunca fumei, estava esperando um bom resultado, o que realmente aconteceu”, disse.
Os testes foram supervisionados pela Dra. Fernanda Miranda, médica pneumologista e presidente da Sociedade Goiana de Pneumologia, entidade que ofereceu os testes gratuitamente aos pilotos e a cerca de 40 pessoas presentes ao encontro. A médica ressaltou a importância de um ato de conscientização com capacidade de trazer uma mensagem que pode salvar vidas.
“Algumas datas são muito importantes para nós, como o 29 de agosto, que é o Dia Nacional de Combate ao Fumo. Sabemos que o tabagismo hoje é o principal fator de risco para uma série de doenças, não apenas as respiratórias. Se você quiser ter uma vida saudável e envelhecer bem, a principal coisa a se fazer é não fumar”, salientou.
Pouco depois de ter liderado o primeiro treino livre do GP Silverado Stock Car 600 em Goiânia, Gabriel Casagrande se mostrou muito descontraído ao fazer o exame. “Foi meio complicado [risos], porque a gente não está acostumado a soprar de boca aberta. Mas estou muito bem, meu pulmão está ótimo, conforme avaliou a Dra. Eu não fumo, odeio cigarro, que é um vício que mata muita gente, até por falta de conscientização. Então é importante sempre participar de ações como a de hoje e ficar longe do cigarro”.

Dependência — A data de combate ao tabagismo foi instituída por lei no Brasil em 1986. A Organização Mundial de Saúde (OMS) classifica o tabagismo como a dependência da droga nicotina, presente em qualquer derivado do tabaco, seja cigarro, cigarrilha, charuto, cachimbo, cigarro de palha, fumo de rolo ou narguilé. Após ser absorvida, a nicotina atinge o cérebro entre 7 e 19 segundos, liberando substâncias químicas para a corrente sanguínea que levam a uma sensação de prazer e bem-estar. Essa sensação faz com que os fumantes usem o cigarro várias vezes ao dia. Entretanto, o hábito é altamente nocivo e acarreta muitas doenças, podendo levar a pessoa à morte.
O tabagismo ativo e a exposição passiva à fumaça do tabaco estão relacionados ao desenvolvimento de aproximadamente 50 enfermidades, informa o Instituto Nacional do Câncer (INCA). Entre elas, estão vários tipos de câncer (pulmão, bexiga, cavidade oral e laringe, entre outros), doenças do aparelho respiratório (enfisema pulmonar, bronquite crônica, asma, infecções respiratórias) e doenças cardiovasculares (como acidente vascular cerebral, infarto agudo do miocárdio, hipertensão arterial, aneurismas e tromboses).

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