A Mercedes tomou um pequeno balde de água fria na sexta-feira (27) em Mônaco. É que, depois de melhorar tanto e até brigar pela vitória na Espanha, o time não veio muito forte nos treinos livres da rua do Principado, fechando o TL2 atrás até da McLaren de Lando Norris, no caso de George Russell. E enfiado no meio do pelotão, em 12º, no de Lewis Hamilton.
Mais do que a posição em si, o que preocupou o time foi a distância: foram mais de 0s7 de George para Charles Leclerc, mais rápido da sessão. Lewis tomou 1s8, atrapalhado também nas voltas de pneus macios. Para o diretor de engenharia da equipe, Andrew Shovlin, falta ritmo, especialmente com tanque vazio.
“Nós estamos sofrendo com o traçado, isso está nos impedindo de tirar mais nas voltas, especialmente com tanque vazio. Melhoramos entre os treinos livres, mas ainda precisamos de mais informações para ver onde melhorar ainda mais. Os pneus estão se comportando bem, o calor ajuda a aquecer ali”, disse.
Shovlin ainda reconheceu que a Mercedes parece melhor em ritmo de corrida que de classificação, mas alertou que, em muitos casos, isso de nada adianta em Mônaco, afinal, é possível que o tráfego esteja gigante e ninguém passe ninguém num traçado tão apertado.
“Não conseguimos extrair tudo dos macios, muito tráfego e o Lewis foi bloqueado também, então, acho que amanhã nos sairemos melhor com eles. O ritmo de corrida foi mais encorajador, fomos consistentes e com menos degradação de pneus que outros. Mas é Mônaco, isso nem conta muito se você ficar preso no tráfego. Muito trabalho pela frente para entrarmos no ritmo para classificação”, completou.
Ainda que fora do ritmo das rivais em quase todas as corridas, a Mercedes vem pontuando bem. O time é terceiro no Mundial de Construtores com 120 pontos, 75 a menos que a líder, Red Bull.