Foi exatamente na segunda volta do GP da Espanha, logo após ser tocado por Kevin Magnussen, que Lewis Hamilton questionou a Mercedes sobre abandonar a prova para poupar o motor. A equipe respondeu que não. E 64 voltas mais tarde, mostrou ter tomado a decisão certa. Isso porque, por conta das estratégias e oportunidades da corrida, o heptacampeão ficou com a quinta posição.
Toto Wolff, chefe dos alemães, reiterou que desistir não faz parte da mentalidade da Mercedes. E, não fosse a lambança do piloto da Haas na primeira volta, o #44 poderia ter até mesmo lutado pela vitória.
“É difícil quando você perde a corrida e tem de decidir se vale continuar. Do ponto de vista de um piloto, você pensa: ‘isso não pode ser possível, estou 50 segundos atrás dos líderes’. Mas nunca vamos desistir de qualquer maneira. No final, o ritmo da corrida foi regular. Ele [Hamilton] teria corrido pela vitória”, disse ele.
“Estou feliz por não termos abandonado Lewis porque essa foi a corrida mais valiosa para nós compararmos os dois carros, para compararmos suas configurações e pneus”, acrescentou Toto.
Nas voltas finais, um rádio da equipe também chamou a atenção. Houve um pedido para Lewis e George Russell não forçarem, já que poderiam ter problemas. Wolff explicou, então, que se tratava de um vazamento de água e que, caso os pilotos forçassem, eles poderiam perder a corrida. Foi por isso que Carlos Sainz passou Hamilton na penúltima volta.
“Vimos isso [o vazamento de água] crescendo durante a corrida e não estava claro se iríamos terminar. No final, [a água] estava literalmente ultrapassando a linha. Não tenho certeza se danificaria o motor”, encerrou.