O chefe da Mercedes, Toto Wolff, não poupou críticas ao apoio da Red Bull à possível reintrodução dos motores V10 na Fórmula 1. Segundo o dirigente, a equipe de Milton Keynes estaria incentivando a ideia lançada por Mohammed Ben Sulayem, presidente da FIA, por temer que seu desempenho caia a partir de 2026, quando entra em vigor o novo regulamento técnico da categoria.
Nos bastidores do paddock, cresce a expectativa de que a Mercedes tenha a unidade de potência mais eficiente no próximo ciclo de regras. Um dos indícios desse cenário veio da escolha de Carlos Sainz, que deve assinar com a Williams justamente por confiar no motor da equipe alemã. Enquanto isso, o projeto da Red Bull Powertrains, desenvolvido em parceria com a Ford, ainda gera incertezas sobre sua competitividade.
Enquanto as equipes se preparam para a temporada de 2025 e a grande mudança de 2026, a proposta de Ben Sulayem para trazer de volta os V10 ganhou apoio de pilotos como Max Verstappen e Lewis Hamilton, além do chefe da Red Bull, Christian Horner. Toto Wolff, no entanto, acredita que essa discussão deveria ser deixada para depois de 2031, quando um novo ciclo de regulamentos estará em pauta.
De acordo com a publicação alemã Auto Motor und Sport, a FIA já teria formado um grupo de trabalho para avaliar a volta dos motores V10 entre 2028 e 2029. Isso poderia impactar diretamente a durabilidade do regulamento atual e até encurtar o tempo de vigência das novas regras, algo que o chefe da Mercedes desaprova.
“Acredito que algumas pessoas já imaginam que não serão tão competitivas quanto gostariam no próximo ciclo de regulamentos. Vale lembrar que, em 2014, os mesmos que hoje falam dos motores V10 reclamavam das regras porque seu fornecedor não estava no nível dos rivais”, declarou Wolff à Autosport.
“Agora que decidiram fabricar seus próprios motores, talvez as coisas não estejam saindo como esperavam. Isso pode explicar esse movimento de interesse e a tentativa de trazer de volta os V10”, concluiu o chefe da Mercedes.
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