Após mais de um século fazendo carros no Brasil, em janeiro de 2021 a Ford decidiu encerrar suas operações fabris no país. Para isso, a marca norte-americana demitiu milhares de funcionários e pagou um montante bilionário de indenizações a ex-colaboradores e concessionários que fecharam as portas. No entanto, em 2022, primeiro ano completo atuando como importadora de veículos, a companhia registrou um lucro superior a 300 milhões de dólares, ou mais de R$ 1,5 bilhão, na América do Sul.
O resultado positivo da Ford na região começou a ser registrado a partir do terceiro trimestre de 2021. Mesmo passando por uma reestruturação profunda, com redução do número de concessionárias e tirando do portfólio modelos consolidados como Ka e Ecosport, os números começaram a agradar. De acordo com um anúncio feito em dezembro pela própria companhia, durante o balanço do ano 2022, entre janeiro e setembro deste ano, houve um EBIT positivo de 300 milhões de dólares.
Novos carros
Apesar do sucesso financeiro, em 2022 a Ford vendeu menos carros do que no ano anterior. Foram 20.824 unidades comercializadas contra 37.778 em 2021, caindo da 11ª posição no ranking de participação de mercado para a 14ª. A justificativa é simples: em parte do período anterior ainda estavam à venda Ka e Ecosport, que, juntos somaram mais de 13 mil veículos emplacados. No ano passado, no entanto, a marca vendeu menos carros, porém mais caros e rentáveis.
O último ano da Ford foi marcado pelo lançamento de Maverick, Ranger FX4 e Transit Furgão. No entanto, segundo o presidente, com a uma operação rentável, a região se credencia para receber mais novidades. Para 2023 são esperados 10 novos carros da oval azul. Entre os confirmados estão o esportivo elétrico Mustang Mach-E, a nova geração da Ranger, Maverick híbrida, F-150 e três novas opções da Transit (100% elétrica, automática e chassi-cabine).