Após sete anos sem um piloto titular na Fórmula 1, o Brasil volta a marcar presença no grid em 2025 com Gabriel Bortoleto. A Sauber anunciou oficialmente o paulista de 20 anos como seu novo piloto, ao lado do experiente Nico Hulkenberg, que atualmente corre pela Haas. Com o anúncio, Bortoleto torna-se o primeiro brasileiro com contrato permanente na F1 desde a aposentadoria de Felipe Massa em 2017. Pietro Fittipaldi chegou a correr em duas etapas em 2020, mas apenas como substituto após o grave acidente de Romain Grosjean.
A definição ocorreu após negociações intensas durante o GP de São Paulo, no último fim de semana. Bortoleto foi liberado pela McLaren, onde integrava o programa de desenvolvimento de pilotos, e assinou um contrato de múltiplos anos com a Sauber, que tem sua aquisição pela Audi planejada para 2026. Essa movimentação coloca o brasileiro no centro de um dos projetos mais ambiciosos do automobilismo.
“É uma honra fazer parte de uma equipe que combina a rica história da Sauber e a visão da Audi. Minha meta é crescer com este projeto e alcançar o auge do automobilismo. Trabalhar ao lado de um piloto como Nico será uma oportunidade incrível para mim”, declarou Bortoleto.
Bortoleto, que é líder na Fórmula 2 e possui chances concretas de conquistar o título da categoria, destacou-se ao vencer uma corrida em Monza após largar da última posição, o que foi determinante para seu contrato. A Sauber, que atualmente ocupa a última posição no Mundial de Construtores, vê em Bortoleto uma oportunidade para renovar sua estrutura com um talento em ascensão. O brasileiro venceu a F3 em sua temporada de estreia, em 2023, e busca repetir o feito na F2, em uma trajetória que espelha a de grandes nomes da nova geração da F1.
Após anunciar a contratação de Bortoleto, a Sauber confirmou que Bottas e Guanyu Zhou deixarão a equipe ao final de 2024. Enquanto isso, a McLaren manifestou apoio ao jovem brasileiro nas redes sociais, desejando sucesso em sua nova etapa. Com apoio de Fernando Alonso, Bortoleto se une à elite do automobilismo e promete manter a tradição do Brasil na F1.