A Red Bull sai de Barcelona com um resultado muito melhor do que o esperado. Com a vitória e o abandono de Charles Leclerc, Max Verstappen assumiu a liderança no Mundial de Pilotos, e a dobradinha com Sergio Pérez ainda empurrou os taurinos para o topo da classificação entre os Construtores. Mas apesar do lucro, Christian Horner precisou conter o aparente ‘fogo’ por causa do jogo de equipe entre o holandês e o mexicano, dizendo que eles estavam em estratégias diferentes de pneus.
Durante a corrida, Pérez chegou a pedir ao time preferência para tentar ultrapassar George Russell, uma vez que Verstappen apresentava problemas com o DRS. A solicitação não foi acatada, e Pérez só teve a chance de lutar contra o piloto da Mercedes quando o holandês foi aos boxes. Depois, na liderança e com Max atrás, teve de abrir passagem, dizendo no rádio que considerava a decisão da Red Bull “injusta”.
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“Eu tenho de louvar Checo por jogar com a equipe”, disse Christian Horner à Sky Sports após a prova. “Eles não estavam iguais na corrida, as estratégias eram diferentes, mas ele se saiu fantasticamente bem”, acrescentou.
Em seguida, o chefão da Red Bull explicou que a mudança de estratégia para Verstappen veio em decorrência do problema com o DRS. “Foi difícil, nada parecia funcionar para nós naquela primeira parte.”
“Tivemos o problema no carro de Max com o DRS, e então ele teve aquela escapada na curva 4, uma rajada de vento fez ele ir parar na brita e voltar. Naquele momento, decidimos que, por ele estar preso atrás de George, nossa melhor estratégia seria de três paradas; como funcionou, foi a estratégia escolhida”, completou.
Horner ainda frisou que, com os dois carros em direções distintas, “não houve uma luta direta” entre Pérez e Verstappen por posições. “Os pneus de Checo não chegariam ao final, por isso ele parou perto do fim para conseguir a volta mais rápida.”
“Checo não pôde ver na hora que tinha uma perna muito longa para fazer com os pneus médios, e Max tinha uma vantagem grande com os pneus, então, como equipe, não poderíamos correr riscos. A questão é que estávamos com temperaturas [de pista] muito altas, e a última coisa que você quer arriscar é um abandono quando pode fazer uma dobradinha”, pontuou o dirigente.
Sobre a disputa contra a Ferrari, Horner lamentou que o problema de Leclerc tenha impedido a Fórmula 1 de ver “uma luta muito interessante na segunda metade da corrida.”