quinta-feira, dezembro 26, 2024
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FIA investiga Aston Martin, atesta legalidade e nega cópia de carro da Red Bull

A entidade máxima do esporte já realizou uma avaliação para verificar se a equipe de Sebastian Vettel e Lance Stroll fez engenharia reversa para copiar a Red Bull nas atualizações que introduziu no carro no GP da Espanha deste fim de semana. De acordo com a análise, as novidades da esquadra inglesa são apenas inspiradas no bólido rival

A FIA (Federação Internacional de Automobilismo) atestou a legalidade das atualizações feitas no carro pela Aston Martin no GP da Espanha deste fim de semana. A entidade máxima do automobilismo negou que se trate de um caso de cópia pura e simples da Red Bull e lembrou que o regulamento da Fórmula 1 permite que as equipes se inspirem no trabalho umas das outras.

A equipe de Sebastian Vettel e Lance Stroll apareceu com um robusto pacote de atualizações para o AMR22 neste fim de semana na Catalunha, incluindo um novo assoalho, mudanças na tampa do motor, nas frestas que permitem a refrigeração do carro, na asa traseira, nos sidepods e também no halo. As mudanças, porém, deixaram o bólido bastante similar ao RB18 da Red Bull.

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A Aston Martin usou o RB18 como inspiração para tentar ganhar performance (Arte: Rodrigo Berton)

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Ainda nesta sexta-feira (20), a FIA anunciou que já analisou a situação. Com o auxilio dos desenhos técnicos do trabalho conduzido pela equipe de Lawrence Stroll, a entidade concluiu que não houve infração ao regulamento.

“A FIA realizou um teste de legalidade de rotina pré-evento na planejada atualização aerodinâmica da Aston Martin para o GP da Espanha de Fórmula 1. Durante este processo, ficou aparente que inúmeros recursos as Aston Martin eram parecidos com os de outro competidor”, disse a entidade em nota. “A FIA, portanto, lançou uma investigação para analisar a conformidade com o artigo 17.3 os Regulamento Técnico, e, em particular, com o tópico ‘Engenharia Reversa’ e potencial transferência de propriedade intelectual”, seguiu.

“As duas equipes colaboraram totalmente com a FIA nesta investigação e forneceram todas as informações relevantes”, pontuou. “A investigação, que envolveu checagens CAD [design auxiliado por computador, na sigla em inglês] e uma detalhada análise do processo de desenvolvimento adotado pela Aston Martin, confirmou que nenhuma infração foi cometida, e, portanto, a FIA considerou que o pacote aerodinâmico da Aston Martin é compatível”, concluiu.

“O Artigo 17.3 define especificamente e proíbe ‘engenharia reversa’, como, por exemplo, o processo digital de converter fotografias (ou outros dados) em modelos CAD, e proíbe a transferência de propriedade intelectual entre as equipes, mas, igualmente, este artigo permite que os designs de carros sejam influenciados pelos competidores, como sempre foi o caso na Fórmula 1”, ponderou a entidade. “Na análise que fizemos, confirmamos que o processo seguido pela Aston Martín foi compatível com as exigências deste artigo”, encerrou.

Na temporada 2020, a Racing Point, antigo nome da Aston Martín, causou polêmica ao copiar o design aerodinâmico da Mercedes e chegou até mesmo a ser punida por replicar os dutos de freio das Flechas de Prata de 2019.

A Aston Martín, entretanto, passou por um processo recente de reestruturação que incluiu a contratação de integrantes do departamento de aerodinâmica da Red Bull, como Andrew Alessi, atual diretor de operações técnicas, e Dan Fallows, diretor-técnico da equipe.

Questionado pela emissora britânica Sky sobre as semelhanças entre os dois carros, Lance Stroll já tinha mencionado a presença de Fallows na equipe, já que o dirigente foi chefe de aerodinâmica na Red Bull.

“Bom, um carro é verde e o outro é azul”, ironizou. “Temos Dan, que veio da Red Bull, mas se juntou a nós no mês passado e não há chance de ele ter feito isso em um mês. Foi ao longo de muitos meses que isso foi planejado, desenvolvido e projetado, e tomara que isso nos traga tempo de volta”, torceu.

Ao fim do primeiro treino em Barcelona, a Red Bull se pronunciou e manifestou preocupação com potenciais violações de propriedade intelectual.

“Apesar de a imitação ser a maior forma de bajulação, qualquer replicação de design, obviamente, precisa cumprir as regras da FIA sobre ‘engenharia reversa’”, disse a Red Bull. “No entanto, se qualquer transferência de propriedade intelectual acontecer, isso seria claramente uma violação dos regulamentos e seria uma violação séria”, encerrou.

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